quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

que 2mil&13

seja mais suave

astrologicamente sei que não vai ser

foda

mas não custa nada desejar

suavidade
suavidaddy

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

embrulho


na tijuca, na loja asiática de muitas opções, as vendedoras ainda embrulham o presente com papel. não é saquinho plástico metalizado. é papel colorido, com cheiro de mesbla. quando é caixa, facilita. e as mãos deslizam e o durex ajuda, e eu vou encostando minha pançiña no balcão e ficando com muito, muito sono. é uma coisa bonita de ver. abrir presente e rasgar papel é excitante, & curioso. mas a feitura, o processo do antes é quase sonífero, pra mim.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

z

todos dormem antes de mim
é bom brincar com seus corpinhos
ver o r.e.m
especular se sonham comigo
ou com outras
me sentir no filme
um morto muito louco
tocar os corpinhos
dar tchauzinho
ver as partes relaxadas
todos dormem antes de mim
todos morrem antes de mim
todos sonham antes de mim
meu nome é depois


domingo, 16 de dezembro de 2012

anoz lus
anos luz


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

tragédia grega

apocalipse não é o fim do mundo. é revelação.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

gaivota

o pássaro
vê o peixe de cima
e mergulha

eu sinto
o peixe por baixo
e saio




domingo, 11 de novembro de 2012

Sadness, por Lithe Ebullience

Sadness gives depth. Happiness gives height. Sadness gives roots. Happiness gives branches. Happiness is like a tree going into the sky, and sadness is like the roots going down into the womb of the earth. Both are needed, and the higher a tree goes, the deeper it goes, simultaneously. The bigger the tree, the bigger will be its roots. In fact, it is always in proportion. That's its balance.

Tristeza dá profundidade. Felicidade dá altura. A tristeza são as raízes. A felicidade são os ramos. A felicidade é como os galhos da árvore que crescem em direção ao céu, e a tristeza é como as raízes descendo no ventre da terra. Ambos são necessários, e quanto maior a árvore é, mais fundo as raízes vão, simultaneamente. Quanto mais alta a árvore, mais profundas serão suas raízes. Na verdade, é sempre proporcional. Esse é o seu equilíbrio.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

su

levei 4 pontos no suvaco
nunca tinha levado ponto
nunca abri nada
tampouco quebrei
já me machuquei um bocado
mas nunca tinham me costurado
e logo no suvaco
meu amor
meus ferormônios
meu tesão todo
4 pontos no suvaquinho esquerdo
mais uma cicatriz pra amar
e ficar me me admirando no espelho

domingo, 7 de outubro de 2012

revelaçãoziña

já sabia que fui bebê difícil, filha do verão da classe média sem ar condicionado. caçula de 3, menino é mais fácil? os meus irmãos eram. nasci chatinha, vênus retrógrada, rolou alguma coisa sim. minha mãe cansada, também pudera, parada louca, hoje em dia nem filho tenho e meus amigos só têm 1 e já sofrem, já não saem de casa pra nada, e minha mãe teve 3 em menos de 5 anos, pow pow pow.
gosto de saber da minha infância, é minha lua. me leva diretamente pra isso. lucas não, lua em aquário, acha fofo descobrir, ri, mas não se apega a isso, de maneira alguma. eu faço alusões, interpreto, levo pra além. pois outro dia mamãe soltou uma inédita. disse que eu não dormia, isso já sabemos, isso mantemos, oh, céus, mas sim eu não dormia de jeito nenhum, e ela ficava na cama comigo, cantando e eu dizia "você está cantando errado, mamãe" ou "não é assim, é melhor você parar de cantar". chata. mas ri baldes. não sabia disso, sempre houve violão na família, mas só mais criança mesmo isso passou percebido. fiquei feliz de saber que já com 2 anos a música tinha um lugar de atenção. chata, insone, maluca, mas atenciosa à letra.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

tijuca, minha

texto de julho de 2008




A Tijuca não existe, e eu, portanto, invento caminhos e pessoas. Mas acreditem em mim quando eu contar isso: 

Tive uma vida de oito anos de aparelho, a conseqüência é um sorriso bacana que condiz com a gargalhada. Agradeço ao Dr. Antônio e a meus pais que pagaram fortunas. Mas no fundo-no fundo, tenho dentes meio fracos, apesar de raízes enormes que quase me matam na hora de arrancar o siso.Bonitinha mas ordinária. Inclusive já tive até que tratar um canal em um dente. Terror, aflição e sangue. Passei um dia coçando a gengiva com a língua. Aquela coisa inicial gostosa. De repente, começou a doer e lá fui eu ao Nilo, dentista da família e meu conhecedor há 20 anos. Figura de sobrenome Máximo. Saí do Nilo com risadas, oralmente anestesiada, broncas por deixar de ir lá e com saudades de andar ao léu pela Tijuca bizola, amada & odiada. Esperava o amor ligar e então fui passear. Praça Saens Peña. Uma mini Copacabana, mas muito mais retrógrada e tradiça. Resolvo sentar num banco onde duas senhoras conversam. Eu sento. A senhora de óculos começa: “Que dentes bonitos você tem!” Rio da coincidência ou da falta dela e da praticidade do mundo se mostrar mundo para mim e agradeço. Ela continua: “Mas você é realmente muito bonita, minha filha”. A amiga, portuguesa por sotaque, emenda: “De fato, um moça muito elegante.” Eu agradeço de boca um pouco torta. E começamos uma conversa pra lá de antiga. Nisso, um homem com calça camuflada começa a pregar a palavra de Deus para uma praça que não lhe olha. Os homens jogam buraco e não ligam. Casais em outro bancos não param o beijo. E o homem urra: “Deus não abençoa os ladrões”. Para meu espanto, a senhora portuguesa até então mais tímida, grita: “Mas o ladrão não nasceu ladrão”. A senhora de óculos, constrangida, faz sssshhhh para amiga que acabara de se revelar anarquista. O amor liga e eu preciso ir embora. Me despeço e ouço um “Cuide bem dos seus dentes, minha filha” que me deixa arrepiada e com vontade de passar fio dental até sangrar tudo. Levanto e vejo uma garça no laguinho que sempre foi sujo e sempre alegrou descamisados no verão. Nisso, uma mulher, já senhora, mas com efeitos de plástica, coordena um fotógrafo atrapalhado: “Isso, aqui, agora assim. Vai” Ela está com um guarda-chuva mezzo brega, mezzo dispensável. Ela senta no chão, aos pés do laguinho tijucano e grita: “Pega a garça ao fundo”. As pessoas param e observam o editorial cafona. Me junto a um grupo de curiosos e tentamos adivinhar quem é ela. Mas desisto de tentar quando dizem que ela fez “Barriga de aluguel”. Minha memória vai até a esquina. E volta. Mas o melhor, o que me fez delirar foi quando uma empregada doméstica (digo isso pois ouvi sua profissão, meu julgamento é tão fora da realidade que poderia pensar qualquer coisa dela) ficou olhando atentamente a modelo sentada aos pés do chafariz, e o fotógrafo Glamour Foto Studio dizendo uma ou outra coisa sem sal. Ao ver um saco plástico compondo a foto, a empregada doméstica não pensou duas vezes: virou diretora de arte. 
- Tira esse saco plástico debaixo do seu pé, minha querida. 
Saco no lixo, flash liberado, foto feita e todo meu amor pela Tijuca de volta. 




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

vã___peera

tive um pesadelo carioca. mas antes eu era uma vampira. nunca curti vampiros, livros, filmes, nem aquele melhorzinho com ator bonitinho, nada disso. não por medo, bocejo mesmo. não entro numas, daí quero rir, mas nem rio porque nem é engraçado, aí não dá.
mas daí sonhei que era uma vampira. meus olhos eram incrivelmente vermelhos, e nem sei sei isso é característica. pra você ver, nem lembro dos dentes, dos caninos afiados, só lembro dos meus olhos serem duas poças de sangue.
me mordiam num evento, eu virava uma na hora. daí eu saía na rua e aí PESADELO CARIOCA. o bueiro onde estou pisando vai explodir, não sei como sei ou sinto, só sei que não dá tempo pra nada. o bueiro explode, e porque vejo muitos filmes, essa cena é em slow motion. não morro. mas voo no ar surrealmente. tenho certeza que vou me machucar. talvez não morra porque sou vampira. só pensei isso agora enquanto escrevo. escrever me ajuda a pensar. depois vou para a casa de uma amiga, toda decorada com azeitonas, engraçado. ela tem uma revista chamada "amor de gay" em cima da mesa.
lucas e eu brigamos para achar a casa dela por conta do gps.
essa parte não foi legal. e a culpa como sempre, foi minha. ser mulher pode ser tão chato.
queria ser vampira.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

nau

na umbanda, o dia de iemanjá é comemorado dia 15 de agosto. é o sincretismo afinando com nossa senhora da glória. pra mim, os dias são os dias. tento reduzir a importância, mas ao mesmo tempo estou estudando astrologia com toda força do meu cerebelo. acredito nos festejos. os naturais e selvagens, os comerciais eu tenho vergonha e meus pais sabem disso, não esperam presentes e nunca me deram no dia das crianças. trauma nenhum. ensinamento.
pois então era dia de iemanjá, eu me encontrava feliz, coisa rara pra agosto. me percebi mais reclamona do que triste nos últimos meses. tristeza é um troço profundo e quase doente, e se meu nome me foi concedido é preciso fazer justiça a ele. vamos lá, tudo bem, vamos lá, tudo bem. quantas vezes eu precisar escrever e cantar isso.
senti que queria agradecer, não pedir. já vi muita gente no centro espírita do meu pai pedir coisas. já vi um senhor, quase mendigo, agarrando com toda força dos seus dedos um bilhete de loteria. eu também jogo, mas não agarro. tem que ter humor. ele levava aquilo a sério. eu só queria agradecer. na casa dos arquétipos. na casa que frequento desde criança e costumava rir ao ver meu pai encorporado. imagina. meu pai, que trabalha no banco do brasil e fumava parliament e ouvia barry white ou raça negra aos domingos, meu pai, um metro e noventa e seis, falando que nem um velho (na sessão de pretos velhos) ou que nem criança (na sessão de cosme & damião). era hilário e se meu olho cruzasse com meus irmãos, quá quá quá.
mas eu ia, sempre ia. não obrigada. minha mãe perguntava "quer ir?". eu sempre disse sim, estranho.
as primeira vezes me perdia na parede, nas imagens, na janela que dá para uma rua em são cristóvão. batia palma, cantava os pontos bonitos. mas me perdia também. fui crescendo e comecei a entender o poder da concentração. me esforço nela. sou franga ainda. sou facilmente distraída. minha mãe é buda. medita há 30 anos. eu tenho 30 anos. minha mãe medita desde minha existência. ela tentou me levar. não consegui. meu corpo é grande, meu coração é enorme. me exalto. me exaspero. o centro entende mais meus metros. posso bater palma, posso esticar a perna. vez ou outra me chamam no meio. eu danço com quem me chama. me arrepio quase sempre. não recebi nenhum chamado. não sei se quero. oscilo muito. meu pai recebe desde os 17. já tive uma experiência forte, depois conto se não o texto não vai caber nem na minha cabeça.
pois então era dia de iemanjá. soube em 2007 que era filha dela. com xangô. protegida por oxalá. frisaram. sempre me senti protegida. tenho vida noturna. não morei na zona sul. sempre tive que voltar. além túnel. dirigindo. taxi. loucona. ou não. nunca aconteceu nada de ruim. pepinos mil. galhos mil. ruim? não. sou filha dela. dele. protegida por oxalá.
opa.
fiz um espetáculo chamado "nau" com pessoas que amo além túnel, além vida. lucas, marcio, bruna, andré. fizemos porque mergulhamos. porque sabemos o que é abrir o olho embaixo d'água e ver uma parte do corpo da prima, do primo. fizemos porque nos lambemos depois da praia, sal sal sal sal sal sal. fizemos porque somos grandes e sabemos da enormidade que é o oceano. foi muito importante ter feito isso. foram 3 dias. senti saudade até de ser atriz, quem diria. tive uns sonhos tesudíssimos. sempre, sempre, SEMPRE sonhei com água. quase todo dia da vida sonho com água. foi meu primeiro assunto com lucas. o fato d'eu sonhar com água. ele disse que tinha a ver com sexo. que tenha.
a "nau" me sacudiu forte. com todos os sentidos. fui puro sentido, aliás.
minha vênus em aquário faz isso comigo, que bom, que ufa gostoso.
no centro, no dia da festa de iemanjá, sentei ao lado da minha mãe. minha vó e meu irmão na frente.
festa bonita, senhorinhas lindas, homens bonitos, inclusive meu pai.
é engraçado perceber a hora que um ponto começa e meu pai já dá uma balançada. e eu penso: "é agora, ele vai receber".
meu pai, 1.96m, moreno, já quase careca, mas ainda com bigode, meio gordo, meio árabe, mas na real é filho de nordestino, meio estrábico, olho verde musgo, começa a sentir uma coisa intensa, bate palma diferente, fecha os olhos, e se encaminha ao altar, ele agradece e vai cumprimentando todos os outros médiuns. chega na beira e olha para a gente, o público. ele está recebendo uma entidade feminina, e é a coisa mais linda do mundo aquele homem pelo qual eu nasci, eu-porra, dentro do saco dele, entrando dentro da minha mãe, meu pai, lindo, LINDO, recebendo uma entidade feminina, nossa. choro. choro baldes. rios. choro mares.
conforme os pontos (as músicas) vou vendo a filiação de cada um. depois cantam músicas de oxum, mamãe pisciana chora de um jeito lindo e contido e francês, é filha de oxum, claro, confirmo depois. minha vó só se anima e fica grande no gestual com ponto de iansã, filha dela, claro. há muito tempo, quando minha vida era outra, o caboclo do meu pai costumava me chamar ao centro. dizia coisas. hoje não. não disse nada. fiquei esperando. chamaram meu irmão. dançaram com ele. meu pai, quer dizer, a entidade que meu pai recebe, chamou meu irmão, várias vezes. eu fiquei esperando. mas não, nada. hoje não. hoje nada.

depois pensei: eu estou bem, eu estou feliz. isso não precisa de alarde. meu irmão precisa de mais carinho e cuidados, levem-no, isso, vamos cuidar do bernardo.
mais lágrimas. mais choro. sessão com pontos de entidades femininas é assim mesmo.
acabou. abracei meu pai e disse "foi lindo", meu pai meio duro, meio de volta, meio sem jeito, meio ascendente em virgem que ele tanto negou só diz:  "né"
volto pra casa com outra rosa branca, a primeira me foi dada na noite na "nau".

peço mar aberto pra marcio, bruna, andre, lucas, fabinho, thomas, e todos os outros que nos ajudaram pra que isso existisse, pra que isso pudesse ser mostrado, pra que nossa petulância resultasse em algo.


na rua de são cristóvão, noite quente, procuro a lua no céu, e encontro um fiapo.
dizem que a lua cheia é a mais intensa. questiono.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

vaiq

maior sacode. se der mole, é cabum total. raio caindo.  três segundos de luz. por aí. trovão não. porque envolve barulho, e não chega a ser estrondo. se fosse, eu estaria ensandecida, e tô só com muita vontade de gargalhar e fico falando sozinha também. e passando a língua no céu da boca. quase nos dentes, esse pedacinho sagrado. aliás, se alguém algum dia sofrer desse mal que deve ser perder tesão em qualquer coisa, pessoa, comida, sugiro fazer cosquinha no céu da boca, mas sempre próximo aos dentes. tudo volta. gran sacode.
de resto, vez ou outra um raio, iluminando o susto que tem que ser iluminado.
tem gente que precisa apagar mensagem pra caber outras. eu não. pode vir. tudo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

say my name, say my name

descobri que o luciano huck e a angélica vão dar o nome pra filha que eu pretendia dar à minha quando a tivesse. fón. big fón. essa coisa de nomes é engraçada. têm os da moda e você entra na maternidade e todas as portas dizem bem-vindo, X, bem vinda, Y. troquei as letras e os cromossomos do sexo, reparei. há os que arriscam, e neles boto fé, pois não quero meu filho sendo chamado pelo sobrenome ou por algum apelido situacionista. mas também acredito em destino. e eu mesma já apelidei alguns queridos nessa vida. rolam também as homenagens. acho maior risco carmático botar nome do pai ou da mãe no rebento. de vó ou vô, já consigo. de repente carma é que nem miopia e pula uma geração. rá. há ainda uns dementes que colocam no nome dos filhos, nomes de tiranos ou até mesmo amantes. muito peso acarreta, condena praticamente. agora fiquei sem nome pra filha, não quero parecer que imitei o luciano huck e a angélica, bons moços que me fazem dizer argh vez ou outra. volto pra outro século, pra minha própria árvore genealógica e me deslumbro ao pensar que um dia foi tranquilo e normal batizar alguém de EROTHILDES (minha tia-vó), ALTAMIRA (minha bisa) , DAGOBERTO (meu biso), MARPHISA (minha vó) e RÉGIA (outra vó). ciao, eva. gracias pelo útero oco e o coração cheio.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

opa

olá, meu nome letícia e eu estou há 10 dias sem reclamar.

_____

poesia não tem sogra
tampouco mãe e pai
por isso que eu viro a poesia de 4
e meto bem fundo nela

VAGABUNDA GOSTOSA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

bicho do mato

quando o assunto para na carne
é porque tem carne no assunto

tem tempo isso
essa carne

mas foi só outro dia que virou assunto

segunda-feira, 9 de julho de 2012

minha caroça




não tenho cílios pra tanto donzelismos
tampouco a curvatura da maldade na sobrancelha
tenho a cara boa
embora haja muito faro
pra pouco queixo
tenho a cara boa
só não me enganam
porque tenho a cabeça ruim


sexta-feira, 6 de julho de 2012

rarara

chamo lucas de caslu, mas antes dessa onda do "verlan" (ai que chic, você deve pensar, mas é que sou filha de professora de francês, então aprendi assim) eu sempre gostei de ver os nomes ao contrário. conhecia alguém e batata! já pensava como era ao contrário. tudo isso pra dizer que ontem meu irmão e eu lembramos de um amigo dele que chamava AGNUS.  

segunda-feira, 2 de julho de 2012

sobre Z


prefiro falar e escrever MEZZO do que "meio" porque sinto saudade da letra Z na nossa vida. não vejo muita zebra, tampouco zepelins e meu ouvido é bem tranquilo, de modo que não rola ZUNIDO. mas cadê essa letra gostoZa, derradeira, misteriosa e principalmente tesuda no nosso dia-a-dia? embora seja a onomatopeia do sono, o que questiono pois nunca ouvi alguém dormir em ZZZZZ, tal letra me deixa muito animada. não há, não rola. o que rola muito é H, quase sempre desnecessário e dando rasteira em geral, porque é um tal de "A cinco anos eu não ando de avião". tudo bem que você entende, todo mundo entende, mas é sabido que falta. mas falta porque, afinal?
com 6 ou 7, estava numa festa de adultos, só tinha uma criança, ficamos brincando de quadro-negro, não especificamos os cargos professora e aluna, a mágica era poder tocar no giz e num quadro negro. acabo de adorar escrever giz e hummm. GiZZZZZZ. uma hora chega uma tia-avó dessa menina, olha pra mim e lança o desafio: "você sabe escrever helicóptero?" claro que não sabia, mas claro que eu não peidei. e claro que eu errei. ainda não tinha entendido o mistério da letra H. 
a letra Z também me fascinava pela mentira do som aprendido e a realidade carioca. meu pai chama LUIZ. mas no colégio eu entendi que era pra fazer /luizê/ e em casa era só /luisch/, confuso. só quando começa, o Z é o Z. zebra, zigoto, zarabatana, zangado. no final vira o sotaque da cidade onde você se encontra. luz, sagaz, feroz. 


ando mezzo animada com minha literatura, para-além do exercício, tô sentindo o caule tomar corpo, nossa, como eu pude ser tão raiz tanto tempo. raízê.
se as maçãs não surgirem, tampouco as flores, eu sempre fui mais de planta mesmo. mesmo. 

sábado, 30 de junho de 2012

glub

saudade de ritual. estou tentando alguns. a solidão é boa para os rituais. quando com amigos conectados, flui bem também. estou fascinada por peixes. descobri que é meu descendente na astrologia. eu que só pensava no ascendente, ignorava por completo o descendente. é peixes. são peixes. abissais, eu deliro. namorado, eu como. espada, eu luto. é minha mãe. aquela mulher maluca e linda que me emprestou a barriga quando eu precisei. que gran loucura. que gratidão. diz minha mãe que quando a gente era criança e ela ia nos buscar no colégio, geralmente eu estava numa acirrada partida de queimado pois sabia que ela ia se atrasar (ela também dava aula, só que em outro colégio), e diz dona sônia que ela entrava numas da telepatia. juntava os dedos polegar, indicador e dedo médio (das duas mãos), e pensava: "a letícia vai olhar pra mim agora". diz ela que eu olhava na hora. que nunca falhou. isso é peixes. isso é lindo. saudade de ritual.
a  letícia vai olhar pra mim agora.

sábado, 23 de junho de 2012

olé

romance é coisa bonita mas não basta. eu nem sabia que eu já sabia disso. ele trouxe essa informação aos poucos, pra não assustar, mas era como se eu já soubesse. só o amor não basta. é bem por aí mesmo. no dia dos namorados, ARRAM, mandam muitas entrevistinhas pra gente responder. que lugar vocês sugerem? qual o melhor presente? eu respondo porque confesso que já embarquei um pouco na demência criada em volta de tudo isso. mas eu queria dizer que meu primeiro dia dos namorados com lucas, foi bem louco. estávamos apaixonadíssimos, ultrahipermegasuper escpeculativos um com o outro. alucinados com aquela história acontecendo. e já achávamos bem podre essa coisa de "dia dos namorados". ele tinha um show na barra. lá fui eu, beber whisky de graça. saímos de lá, adocicados, e inclusive foi minha primeira inserção no mundo lisérgico dentro da cidade. eu era toda situacionista das portas abrirem, mas sempre na natureza, sempre. mas como tudo era novo, e queríamos ir contra essa fofourice do dia dos namorados, e lembrem-se que ainda assim, éramos fofos. mas fomos ser fofos, completamente alucinados, no érotika. um puteiro que tinha em copacabana. eu já tinha ido à vila mimosa com uns amigos há muito tempo. bebi, cantei em karaokê, mas era suave, porque a putaria acontecia num lugar escondido. depois fui num aniversário de 3 amigos em outro puteiro. teve strip tease, ok. mas tinham mais amigos do que homens estranhos querendo putas. esse dia realmente era um puteiro. foi bem intenso. as mulheres dançavam, se aproximavam com espuma de sabão no corpo, a gente tirava, ria, tirava, ria, tirava, bebia. depois veio uma drag queen, ou diz transformista? eu tô atrasada nessas nomenclaturas, perdão, não quero magoar ninguém. mas essa hora foi demais, porque eu quis mandar todo mundo que tenta e faz stand up comedy, inclusive eu, se fuder. porque a gente brinca de fazer piada. essa gente faz mesmo. aliás, são as pioneiras. acho que surgiu com elas. em puteiros. papo de muitos anos atrás. as mulheres deviam ter que trocar a roupa, ou ajeitar alguma coisa, daí elas entravam, homens com roupas de mulher, falando coisas hilariantes. gênias, dominadoras, controlam tudo. nunca vai dar merda perto de um ser humano assim. a não ser que você tenha uma arma e muita covardia no coração, claro. aí sempre vai dar merda. depois do puteiro, ainda fomos num bar trash de copa, o bar onde supostamente ele disse que queria ser meu namorado, isso meses antes. ou seja, ainda houve tempo para fofura. alucinada fofura. mas sim.
o amor é maravilhoso, mas é também estranho, sujo e puto. ainda assim, fofo. não tentem dividir, não tentem categorizar. dias que isso, dias que aquilo. maior caldeirada incalculável.
cada vez mais vou me afastar do quê acham. 

domingo, 17 de junho de 2012

ó,ó

escrevi um texto pra revista de domingo do globo. saiu no domingo passado.
eu já tinha falado sobre o assunto, porque é um dos meus favoritos, mas desenvolvi melhor.
rolou toda uma polêmica, mas a maioria elogiou, riu e diz que refletiu sobre.
eu prefiro escrever SUVACO, mas o "correto" é sovaco.
e o título da matéria foi dado por eles.


pois:





segunda-feira, 4 de junho de 2012

!oY


meu último texto para o ornitorrinco. se você ainda não assina, tá dando mole: 




RECOMPENSA


finge que hoje é terça
e que eu sou seu herói
e que minha caligrafia é tarada
e que todo pau de jacaré 
é uma jóia

sexta-feira, 25 de maio de 2012

explanando

é tão óbvio, claro. sonhei que uns rapazes tomavam drogas, eu só ficava olhando, um deles pirava muito. e eu pensava "se eu der de mamar pra ele, ele vai melhorar". botava o peito pra fora, e isso não era nada erótico, e ele mamava. não sei se melhorava pois acordei.
cansada dos simulacros e das bonecas, queria um bebê de verdade. pra golfar na minha cara. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

cromolerg

ver a chuva cair. estar deitada. ver a gota vindo. achar que é cristal. achar que é neve. sentir colírio.

Oh Hilda, mil e uma noites de amor com você

Ama-me. É tempo ainda. 
Interroga-me. 
E eu te direi que o nosso tempo é agora. 
Esplêndida avidez, vasta ventura. 
Porque é mais vasto o sonho que elabora 
Há tanto tempo sua prôpria tessitura. 
Ama-me. Embora eu te pareça 
Demasiado intensa. E de aspereza. 
E transitória se tu me repensas.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

catapulta




a gente só é feliz na medida que tenta
e só chora no metro onde se esconde






terça-feira, 17 de abril de 2012

país baixo

essa imagem que tem aqui no blog eu achei um google da vida. num fffffound do universo. essas coisas. cheguei a perguntar pr'uma amiga que mora na alemanha se era alemão esse trem. era não, disse. era holandês, ela pediu ajuda pr'outra amiga, mas se perdeu. aí que agora lembrei dessa ferramenta demente que é o google translator. estava no salão e li numa revista que custa 1 real (!) sobre a história de uma doméstica da periferia de são paulo que casou com um alemão. a matéria na capa era "como um alemão me salvou da favela". veja bem, não tinha a palavra amor ou coisa do gênero. dizia que no início se comunicavam por email traduzindo tudo no google translator. claro, claro.
daí que fui traduzir as palavras da menina invocada com o arame farpado, e os corações de galinha que voam e vão embora.
quando digitei as duas primeiras palavras, já apareceu em português: "coração de atum".
putz, que foda, que coisa mais tuna-fish-in-the-kitchen-with-me.
mas o louco é que conforme fui escrevendo tudo, o "atum" desapareceu, talvez fosse literal, num contexto ele some, mas acabou que a frase ficou sentido porque uma das palavras não foi traduzida.

que vocês acham?

meu coração que é demais para o meu peito quebra sex in Homt sua agulha

sábado, 7 de abril de 2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

Feim

Os homens olham pra mim na rua. Eu olho para os feios. Os bonitos eu viro a cara na hora. Porque a vida é boa pra eles. E eles não merecem minha curiosidade. Eu estive lá. O mundo tem que ter estado lá. Como eu sou idiota. Os feios, eu olho, só não sorrio porque não quero que se aproximem, mas eu olho que é pra deixar o dia melhor, pra deixar a barriga tão gelada que parece que é quente mesmo.


Dito isso, comecei a ter uma ideia fixa demente, por enquanto apenas dividida com amigo igualmente dodói. Quanto mais a pessoa é feia, mais me visualizo dando um beijo nela. Explico: o flanelinha é feio. Cara torta, dentes idem, roupa, corpo, jeito, tudo, feio. Pra sociedade, pra mim, feio. Enquanto ele conversa comigo, eu penso: E se eu o beijasse agora? Assim, do nada, levaria meu corpo a frente e beijaria.
Isso tem acontecido muito, o homem que vem entregar água ou o primo de uma amiga, meu vizinho, um estranho, enfim, é só ser feio, que eu penso nesse E SE muito demente. Perdão, Lucas, VOCÊ COMO LIBERTÁRIO, LIBERTINO E AMOROSO HÁ DE ME PERDOAR NESSA.
Isso já me rendeu uma gargalhada assustadora, pra mim e para o interlocutor, que graças ao corpo humano, não entendeu nada.

(Dos maiores medos, depois de ser abduzida ou ratos, é leitura de pensamento. Se eu mesma não me controlo, imagina ser invadida sem ter noção ou controle, socorro. E se descobrem que sou tarada?)

Comentei com amigo com quem divido as maiores palas da vida, ele passou bem de rir e disse que também estava nessa fase, mas mais sexual do que eu, pois pensava isso com qualquer um. Eu, com os feios.

Ainda não tratei disso na Edna, ou só passei por alto.
É bem óbvio que há um desejo de me vingar dos homens bonitos que me chamavam de feia, coisa e tal, concluímos juntos. Mas fosse só isso, seria pouco. Porque eu acordo e durmo ao lado de um homem bonito pra dedéu. E isso vale a vida, compensou qualquer sacana dos meus 16 anos. Pois.

O que eu desejo é que as pessoas tenham fantasias. A realização delas é um objetivo, claro. Mas ter fantasias é delicioso. Não sou fissurada ou ambiciosa no talo pra querer que TUDO que eu DESEJO se concretize. Ter fantasias é ter amigos. É ter pra onde ir quando o cenário real é chato. Não que os feinhos não tenham, claro que já têm, todos têm (maravilha!), mas é só um incentivo, só uma firmeza de olhar dentro do olho quando a maioria desvia.
Eu ofereço meu olho e isso é bom. Eu sou boa. Ziña.



então

fiquei com vergonha do último post, me achei infantil, mas aí sabendo que estou envelhecendo, achei bom ter me achado infantil. por isso não apaguei, mas tive vontade. contar não é da minha natureza, o fiz por sequela pós bahia. e não fui além na contagem orgásmica, onde gozar não é contável. "eu gozei uma vez" ou "eu gozei treze vezes", isso é tão irreal e distante da sensação, tenho certeza que não estão acompanhando, assim como hoje tentaram me explicar uma coisa bem louca sobre ser daltônico ou dizer que o "meu azul não é o seu azul", disse que tinha entendido na hora, mas voltei pra casa pensando "não entendi aquilo".
tenho tido conversas boas com os camaradas. muita coisa eu perco. mas tudo bem também.
concluí que eu não tenho uma relação de amor padrão. e que essa coisa de o sexo piora depois de 2 anos, me dá vontade de rir e gozar uma vez. treze vezes. pelo joelho. pelo suvaco. pela cara toda.

domingo, 18 de março de 2012

0

15 dias na bahia, 2 músicas feitas, 3 livros lidos, 300 fotos batidas, 3 idéias anotadas (para uma música, uma fantasia de carnaval e uma performance), 2 jantares de lagosta, 1 dia de aluguel de quadriciclo, 1 dia de aluguel de stand up paddle.
números, números, números, números.
orgamos são incontáveis.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

why bother?

deixar os grilos sozinhos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

meu texto sobre tempo livre pro ornitorrinco

Com 10 anos, na festa de reveillon na casa dos meus pais, tive uma epifania absoluta. Fugi da festa e me tranquei no quarto aos prantos, pensando: "TODO MUNDO VAI MORRER". Ainda não tinha batido essa real. Uma prima apareceu, me confortou um tiquinho, e até consegui entrar na piscina duas da manhã, de vestido branco, achando aquilo uma grande anarquia. Enquanto nadava, já sorrindo e parecendo ter 10 anos de volta, pensava: "TODO MUNDO VAI MORRER".

Isso, pra dizer que no tempo livre que a vida me oferece, que é ele todo, pois mesmo trabalhando ou na fila de um banco, sinto liberdade no ato, penso muito na morte. Não tenho tendência suicida e não faço uso de remédio algum para poder/conseguir sobreviver. Mas sim, penso muito, MUITO na morte. Em como as pessoas que gosto vão morrer, quando, de que maneira, e eu mesma, claro. O elevador demora, eu penso numa morte nele. Um ônibus passa voando, e se ele levasse a senhorinha que anda na calçada? O corpo dela, a vida dela. Visualizo. Eu no carro. Eu dormindo. Dentro do meu cérebro. O telefone tocando. Dessa vez sua vó se foi. Ou foi fulana, minha amiga mais nova? Eu tropeçando, eu descobrindo ser podre por dentro. Avião caindo, pequenos acidentes, só que com o azar de serem mortais. Sempre, sempre. Não me consome. Não sofro com isso. Não dura muito. Minha vida é desregrada de horários. Acaba um show, posso chegar em casa e peidar ou posso ter audácia contra o cansaço e pegar o violão e tentar compor. E isso ainda é tempo livre. Também, também. Mas não há um dia da minha vida que não pense na morte. E soube por amigo querido que sofre do mesmo mal, que os xamãs pensam na própria morte de diferentes maneiras todo dia da vida. E que essa consciência e visualização traz força. O delírio nos sobrepõe, a gente voa, brinca de viver e é claro que amanhã a gente acorda e faz tudo isso de novo. Já estive lá, mas agora quis assumir essa ideia fixa com a morte e sabem as deusas se isso me trará a tal força xamânica ou não.

Fora isso, continuo devorando bertalha com ovo, fazendo mais de 2 shows por semana, entregando à pele protegida ao sol, observando muito meu corpo e do homem que se propõe ficar nu pra mim. Tenho lido bastante, gente louca, gente viva, poesia, devaneio, bastante coisa. Tenho feito muitos planos, sem grande ansiedade, conhecido um pessoal bacana, e não "bacana" dos anos 80, onde isso significava riqueza, meu bacana é de riqueza fonética, labial, gostosura mental, abraço nem tão apertado que incomoda, nem tão frouxo que sugestiona. Tá tudo bem, tudo agitado e calmo, olho do furacão, olho de um bebê que nasceu, e ainda assim, a morte sempre aqui do lado, presença que exclama: OPA.

Eu, devota da vida, abaixo a cabeça cerimoniosamente quando sei que ela está por perto. Medo algum, apenas curiosidade e respeito. E infinitas mil possibilidades. De permanência e de liquidação.

Enquanto isso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

vox

resumindo muito, sendo péssima nisso, mas fazendo questão do relato: tenho fenda nas cordas vocais. videolaringoscopia acusou e me causou um desconforto mór. depois vi beleza, vendo o dvd da filmagem. a garganta é pura vulva, buceta pura, depiladinha, hahahaha, hilário, brasil. o corpo dentro, tão bonito, tão vivo. vez ou outra penso em me cortar ou me rasgar, zero tendência suicida, é mais pela curiosidade do dentro. mas claro que não. claro que nunca.
daí vou fazer fono, fui hoje até. casal que trabalha junto com isso. bizarríssimo. curioso. o carnaval tem levado minha voz embora. os meninos trocam cordas, eu fico rouca, entregue a um lugar que não é meu. agora vamos torcer pra dar certo. pra tudo ficar nos conformes. e pra eu ter 67 anos ainda com voz boa. dedos cruzados. corpo cruzado.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

3.0

últimos dias da década de 20 pra mim. logo, farei a idade que me dão há 10 anos. então, talvez, tudo ficará certo. o peitinho já foi mais bonito, já foi mais metido, mas lucas continua colocando tudo na boca com muito gosto, mas sendo mulher, sou meio lésbica comigo mesma, me apaixono e desapaixono por mim mesma várias vezes. fases de me encantar com meu colo, fases de morrer ao encarar minha bunda no espelho. oh, scarlet, eu jamais poderia fazer uma foto assim.
sendo a sorridente que sou, a pele em volta dos olhos começa a formar estrelas já. sem falar nas varizes, verdadeiros mapas de rios que passeiam sem dó pelos meus pés, pernas e até mesmo nas faces. sendo grata ao universo, fico feliz com o básico, as duas mãos, a visão, a audição, minha quantidade de eloquência, minha tendência a discrição, mesmo sendo hiperbólica, em tamanho e coração. agradeço lucas, como eu mesma disse num ritual maluco de ano novo feito com pouquíssimos queridos: XERECA AO CÉU. disse isso pra agradecer. todos riram. eu ri também, claro. foi um momento íntimo e engraçado e de agradecimento.
ninguém me perguntou a idade esses dias, talvez sinta saudade de dizer "29", talvez não. não mais do que sinto saudade de só mostrar a mão. a mão inteira.